Na noite de 25 de dezembro de 2022, em frente a um galpão de depósito no Município de Cunha Porã, no Oeste do estado, um homem tentou assassinar um desafeto com golpes de facão. Auxiliado por um cúmplice, ele conseguiu escapar da polícia e ainda deletou os dados de seu telefone celular para prejudicar a investigação, cometendo fraude processual. O réu foi julgado pelo Tribunal do Júri da Comarca de Cunha Porã na última quarta-feira (13/3), após denúncia do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC).
Atendendo ao pedido do MPSC, o réu foi condenado a 14 anos e três meses de reclusão, além de um ano, um mês e dois dias de detenção, com cumprimento em regime inicial fechado. Preso preventivamente desde o momento do crime, o indivíduo permanecerá sob custódia para aguardar o julgamento de uma possível apelação. Seu cúmplice foi condenado ao pagamento de multa por ajudar o réu a escapar da cena do crime.
Entenda o caso:
Após uma discussão em um bar por conta de dívidas relacionadas ao tráfico de drogas, o réu seguiu outro homem em direção a um galpão de depósito, onde o atacou com golpes de facão no rosto e no crânio, com a intenção de matá-lo. Felizmente, a vítima foi socorrida e levada ao hospital imediatamente após o incidente.
De acordo com a denúncia, a tentativa de homicídio foi caracterizada por crueldade, devido ao intenso sofrimento causado pelos golpes de facão, além de ter sido realizada de maneira traiçoeira, dificultando a defesa da vítima, que foi surpreendida ao se afastar do bar. O crime foi motivado por uma dívida relacionada ao tráfico de drogas, revelando sua natureza torpe.
Após o crime, o réu fugiu do local e se escondeu na residência de um comparsa, no Município de Maravilha. Durante os dias em que permaneceu foragido, ele deletou os conteúdos de seu telefone celular, incluindo conversas, áudios e mídias, com o objetivo de comprometer as provas de sua culpa. Pouco tempo depois, foi localizado pela polícia e preso cautelarmente.
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